sábado, 1 de março de 2014

Soneto da Extinção

Por que foste embora?
Tudo o que te fiz foi ser cortês,
dei-te mil abraços de uma vez;
fui-te amigo outrora

mesmo querendo-te namorada.
Que sou eu agora?
Senhor sem senhora,
amigo apenas de temporada.

Não te nego retiro, mulher,
nem vontade de saber de si.
Só lamento teu desvanecer.

Vejo que a perdi
sem sequer saber
se a ganhei um dia.

6 comentários:

  1. A maior das estrelas ali está, num brilho tão onírico que ouvem-se súplicas para tal luz provar. Ela é capaz de levar-te longe, mas queimarás antes de findada a jornada. E oras, quem és para que ela fique em teu caminho? Vá em frente, engula-a. Mas tal brilho não demora para encontrar-se novamente quando atingires o fundo, quebrado e machucado, acostumando-te com a dor. Deixas ela vencer, e ela te deixa afogar. Marque as palavras e apague-as.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah, meu caro anônimo... Farias um pequeno poeta mais feliz se desse nome e rosto ao autor de tão belas palavras.
      Adoraria conversar mais sobre essa estrela.
      Por favor, fique à vontade, pois eu já estou ansioso por esse encontro.

      Excluir
  2. Tristes, mas belas, palavras. Sinto por você. E mais por ela.

    ResponderExcluir
  3. Lucas você é um lindo. Sofre para ficar mais lindo ainda.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Talvez esteja confundindo a beleza da dor com a beleza de quem sofre...

      Muito obrigado, mesmo assim!

      Excluir