Ela sente diferente
muito do que a gente
teima em nem sentir.
Diz assim, bem eloquente
e eu, obediente,
de canto a sorrir.
Ela estava então calada,
meio concentrada
nesse verso meu.
Sentia-se pouca e rasa e
louca e receosa,
perdida no breu.
Nada de inferioridade,
apenas na idade
de ser aprendiz.
Ouvindo a felicidade,
sensibilidade
ao que a canção diz.
Se dormia a madrugada
ou a namorada,
ou talvez os dois.
Como estavam misturadas,
ambas acordadas,
ficou pra depois.
Como dois alunos juntos,
estudamos juntos
o que a vida dá.
E maturando ainda juntos
versos em conjuntos
aqui e acolá.
Ela, poema ambulante,
com seu jeito errante
de passar por mim.
Eu, perdido nesse instante,
digo, dissonante:
"sinto-a viva", enfim.
Chegando ao final da festa,
despediu-se desta,
enquanto eu dormia.
E, no fim, ainda me resta
um beijo na testa
da viva poesia.
(aproveite o chorinho clicando aqui)
Belas palavras. Continue postando!
ResponderExcluirObrigado! Continuarei enquanto viver.
ExcluirAquele sorriso de canto..
ResponderExcluirPercepção do autor ou do ouvinte?
ExcluirVamos descobrir.