Amor está nos meandros do rio
de desalentos, fluente à jusante,
erguido pelos ventos de esperança
e chovido em prantos, regresso ao rio.
Diz-se do amor pelas vagas nas orlas
e sua oscilação deitada no mar
como oscila no peito de quem ama
o sangue denso, rubro e navegante.
Diz-se também que as ânsias e receios
que perambulam pelos entremeios
que nem ratos nos bueiros imundos
do coração são infecundo amor.
Mesmo as flores das pradarias vastas
e rasteiras são amor na raiz;
por suas cores, chamariz dos amores
avivados, de fantasias fastas.
Tão cinético o amor, puro e retinto,
que se perde e encontra-se nas metáforas
mundo afora, corre faminto e volta
ao cerne amante, onde se deita e dorme.
Amei. Gostoso me sentir parte.
ResponderExcluirTer partes como você fazem um poema ser tão rico!
ExcluirÓtimo poema, Lucas. Estava sentindo falta de novas palavras!
ResponderExcluirObrigado! Eu também estava. Sempre estou. Talvez, porém, eu diminua o ritmo por aqui.
ExcluirAhh... =/
Excluir:(
ExcluirSuas palavras alcançam meu corpo.
ResponderExcluirSeus elogios alcançam meu ego.
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