quinta-feira, 8 de maio de 2014

Soneto às Frequências Assíncronas

Se fosse eu bem quisto como bem quero
não seria visto como pedante
nem me tratarias tal louco errante
que mergulha em cada amor com esmero.

Se grande me amasses como a amo grande
verterias prantos em meu enterro
não me exilarias pelo meu erro
tolo de impedir que a chama se abrande.

Se pudesses acompanhar meu ritmo
sentirias o galopar frenético
ressonar com as cordas do teu íntimo.

No descompasso do embate sintético
sobra-me a derrota do amor legítimo
frente ao desterro de um temor ilógico.



4 comentários:

  1. Para de escrever coisa bonita. Desse jeito vou ter que te ver todo dia pra dar tempo de ouvir vc declamando todas as suas poesias.

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    1. Bondade sua... Mas se eu as cantasse todas, você se cansaria! (Eu também, haha)

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  2. O que fazer, caro poeta, para que um sistema de frequências assíncronas entre em ressonância? Gostaria de saber, gostaria de saber. Nossas angústias são mais parecidas do que imaginas.

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    1. Talvez esperar, eu também não sei. Acho que já fiz tudo para sincronizá-las. Para ficar estacionária, porém, não depende apenas de mim.

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