Olhei tanto para a estante
e o espaço que era reservado ao livro
que lhe emprestei.
Foi, durante meses, minha lembrança de você:
um espaço vazio.
Vinham à minha cabeça recortes de sua história
de suas anedotas e nuanças
e imaginava-a lendo cada uma delas
sorvendo as histórias
sorrindo às anedotas
sofrendo com as nuanças.
Fito agora o livro recolocado
na estante
e pergunto-me: que faço agora
que o livro já foi recolocado
na estante
mas minha lembrança de você ainda é
um espaço vazio?
Belas palavras, como sempre. Me remete ao ouroboros, o ciclo que se fecha. Do silêncio surgiu, ao silêncio retornou.
ResponderExcluirObrigado!! Boa associação, aliás. Sempre acabamos voltando por onde já passamos outrora.
ExcluirTão menino, tão profundo...
ResponderExcluirEssas palavras viscerais brindam minha noite Sr poeta!
Saúde! Que sua noite tenha sido um pouco mais saborosa.
ExcluirO amor é o vazio preenchido, disse Lacan. Tudo bem que seria o vazio do sexo preenchido. Mas acho que essa ideia encaixa bem nessa sua estante.
ResponderExcluirDepois passe lá no Blog que tem coisinhas novas.
ExcluirAté achei que seria lugar comum mexer nesse amor preenchido pela falta, mas acho que a estante ficou bem colorida.
ExcluirLerei seus textos com a calma que merecem, principalmente a história dessa Marcela.
Nos falaremos em breve.
Não devia ter de te cobrar pra ler mais poemas por aqui!!!
ResponderExcluirPoxa, que grosseria! Vou tentar entender como elogio...
ExcluirGrosseria é você passar tanto tempo sem postar nada!!!
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