Um apanhado de sentimentos, divagações e conversas comigo mesmo.
sexta-feira, 13 de junho de 2014
Les Couleurs de Deuil
Tristes versos quintos todos em menor qual menor é o trilho que a gota correu em coches e seges desde tons azuis turvos e sem luz sobre as peles beges desse rosto teu a cessar o brilho dos olhos à cor de um bom vinho tinto.
"Peca"? Um poema pode ser construído e explicado unicamente pela estética. Se tudo o que é poesia necessitasse ser um poço profundo reflexão, afogar-nos-íamos inutilmente em qualquer textinho. Mas não acho que seja o caso deste. Bom, pela primeira vez, vou explicar o motivo de um poema meu aqui no blog: Há uma poetisa de minha total admiração e deslumbramento, conhecida minha, que certa vez escreveu um poema chamado Comunhão, todo em redondilhas menores, sobre o choro persistente devido à triste perda de seu pai. De forma sublime, retratou o incômodo causado pelas lágrimas, saradas unicamente pelo vinho. Poetisa essa, dona dos mais lindos olhos azuis e de bege e tímida tez, ganhou essa minha singela oferta em versos, que retratam esse seu momento de luto através de suas cores mais presentes (dos olhos, da pele, do vinho) e não pelo soturno e triste preto. Tão curto é o caminho de suas lágrimas que curto ficou o poema, no qual elas escorrem da mesma métrica e vão gotejar dentro da taça de tinto. Veja, sou um amante de formas, métricas, sejam quais forem. Não lhes sou escravo, contudo. O mesmo acontece com a carga sentimental dos meus textos: ora presentes, ora não. Assim, tentando tudo, que me encontrei confortável na poesia e que tento aprimorar minhas chulas palavras a cada texto. Espero tê-lo esclarecido duas coisas: que nada tem de vazio esse poema; e que, mesmo que tivesse, não significaria qualquer "pecado" meu. Agradeço o comentário e a leitura!
Palavras curiosas... E uma ótima leitura, indagadora, como sempre.
ResponderExcluirMuito obrigado! Deixo para que descubram as peculiaridades deste.
ExcluirUm brinde!
ResponderExcluirSaúde.
ExcluirPrecisamos de mais das suas palavras, jovem.
ResponderExcluirEm breve. Logo chegam!
Excluiré possível notar o potencial do seu eu lírico, mas tu peca pelo existencialismo vazio e pelo excessivo gosto pela aparência ante a essência.
ResponderExcluir"Peca"? Um poema pode ser construído e explicado unicamente pela estética. Se tudo o que é poesia necessitasse ser um poço profundo reflexão, afogar-nos-íamos inutilmente em qualquer textinho.
ExcluirMas não acho que seja o caso deste. Bom, pela primeira vez, vou explicar o motivo de um poema meu aqui no blog:
Há uma poetisa de minha total admiração e deslumbramento, conhecida minha, que certa vez escreveu um poema chamado Comunhão, todo em redondilhas menores, sobre o choro persistente devido à triste perda de seu pai. De forma sublime, retratou o incômodo causado pelas lágrimas, saradas unicamente pelo vinho. Poetisa essa, dona dos mais lindos olhos azuis e de bege e tímida tez, ganhou essa minha singela oferta em versos, que retratam esse seu momento de luto através de suas cores mais presentes (dos olhos, da pele, do vinho) e não pelo soturno e triste preto. Tão curto é o caminho de suas lágrimas que curto ficou o poema, no qual elas escorrem da mesma métrica e vão gotejar dentro da taça de tinto.
Veja, sou um amante de formas, métricas, sejam quais forem. Não lhes sou escravo, contudo. O mesmo acontece com a carga sentimental dos meus textos: ora presentes, ora não. Assim, tentando tudo, que me encontrei confortável na poesia e que tento aprimorar minhas chulas palavras a cada texto.
Espero tê-lo esclarecido duas coisas: que nada tem de vazio esse poema; e que, mesmo que tivesse, não significaria qualquer "pecado" meu.
Agradeço o comentário e a leitura!