sábado, 22 de junho de 2013

À Janela

O sopro invade o quarto.
Toca o rosto
e vira as páginas.

Observo-o.

Sutil, senhor de si,
corre seu caminho

             e muda direções.

Balançou tantas folhas,
varreu tantas ruas,
voou guarda-chuvas...

Sinto-o.

Dança à sua música,
lança-se ao sabor,
avança.

Viajará e mudará.

Será ontem,

               é amanhã, 
                              foi hoje.

                              E sopra meu rosto e vira minhas páginas e flui.

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